Ascensão para 6ª economia foi 'presente de Natal' para Dilma, diz jornal
A notícia de que o Brasil superou a Grã-Bretanha e agora seria a sexta maior economia do mundo ''foi o melhor presente de Natal com o qual poderia ter sonhado o governo Dilma Rousseff'', de acordo com o jornal argentino "La Nación".
A ascensão brasileira foi registrada em um relatório divulgado na segunda-feira pelo instituto de pesquisas britânico Center for Economic and Business Research (CEBR).
Mas o diário destacou ainda que o ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, ''celebrou com cautela...e ressaltou que o Brasil ainda tem muita estrada pela frente para alcançar o nível de vida da União Europeia''.
Mantega comentou os resultados do ranking divulgado pelo CEBR e afirmou que os brasileiros só virão a ter um padrão de vida semelhante ao europeu dentro de 10 a 20 anos.
Hexacampeão
De acordo com o jornal, o estudo do CEBR, amplamente noticiado pelos jornais britânicos, ''saltou de imediato para o outro lado do Atlântico, onde os meios brasileiros, um tanto incrédulos, festejaram o feito como se tivesse tratado da sexta vitória da Seleção Nacional no Mundial de futebol''.O diário australiano "The Australiana" proveitou para ironizar seus antigos colonizadores com uma reportagem intitulada "Ai! Brasil depila Grã-Bretanha", em referência ao celebre método de depilação brasileira, o "brazilian wax".
O jornal segue no mesmo tom, dizendo que ''eles (os brasileiros), que já os bateram no futebol e superam o mundo em se tratando de festejar, agora ultrapassam a Grã-Bretanha nos rankings de economia mundial''.
O espanhol "El País" chama o Brasil de ''gigante sul-americano'' e comenta que o país conseguiu superar a Grã-Bretanha devido ao ''crescimento incessante da economia brasileira''.
Brasil levará até 20 anos para ter padrão europeu, diz Mantega
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta segunda-feira que, apesar de o Brasil estar crescendo a taxas superiores aos países desenvolvidos, vai levar entre 10 e 20 anos para alcançar um padrão de vida europeu."Vamos ter de continuar crescendo mais do que esses países, aumentar o emprego e a renda da população. Nós temos um grande desafio pela frente", disse Mantega, conforme nota distribuída pela assessoria de imprensa.
O ministro reafirmou que neste momento de crise, centrada sobretudo nos países da zona do euro, os países emergentes vão ter uma expansão econômica superior à dos ricos.
"Os países que mais vão crescer são os emergentes, como o Brasil, a China, a Índia e a Rússia. Dessa maneira, essa posição vai ser consolidada e a tendência é de que o Brasil se mantenha entre as maiores economias do mundo nos próximos anos", sustentou, segundo consta da nota.
O Brasil hoje é um país mais "respeitado e cobiçado", disse Guido Mantega. "Tanto que os investimentos estrangeiros diretos devem somar US$ 65 bilhões este ano", afirmou, citando previsão do Banco Central.
O ministro da Fazenda já havia dito que o Brasil se tornaria a sexta maior economia do mundo em 2011 e que o objetivo era ultrapassar a França para se torar a quinta maior economia nos próximos anos.
Fonte: www.uol.com.br
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