sexta-feira, 13 de abril de 2012

UM MITO CHAMADO ASFALTO



     Desde que a idéia de se asfaltar de Paraíba do Sul a Petrópolis foi lançada ainda no governo de Rogério Onofre, o povo de Sebollas sonha acordado com o que parecia impossível, que era a realização da obra e conseqüentemente a chegada do progresso.

Em 2005 já no governo do prefeito João Vicente, o sonho impossível se realiza 50% e a história da de nossa comunidade começa a mudar, pois, estavam sendo inaugurados cerca de 13 km de pavimentação asfáltica, entre Queima Sangue e Sebollas. O drama dos enfermos e gestantes que penaram por décadas sacolejando nos carros ou ambulâncias até chegarem ao hospital estava chegando ao fim. O prefeito João Vicente (que havia vencido de forma brilhante nas urnas da comunidade) e a governadora Rosinha entravam de vez na memória dos Sebolenses. Ainda sobraria para o Deputado Federal Fernando Lopes, que foi apresentado como o pai do Asfalto que também obteve esmagadora vitória em nossas urnas no ano seguinte.

A partir deste momento nossa comunidade ficava anualmente aguardando o grande “filé” do projeto, a obra que viraria a página na história do lugar, a obra que abriria de vez as portas para um crescimento proveitoso, que era o asfaltamento de Sebollas até Fagundes.

Junto com a cassação do prefeito João Vicente e a reeleição do então vice que assumira em seu lugar Gil Leal, nascia em Sebollas um grande mito, o mito do “quando o asfalto vier”. Este mito passaria a ser o maior vilão do crescimento local enquanto o asfalto não saísse, pois, cada terreno disponível, cada casa vazia, cada lote, cada fazenda só seriam colocados a venda “quando o asfalto vier”, pois assim tudo se valorizaria muito mais. Isso fez com que nada se vendesse e nada se comprasse na comunidade que praticamente parou nesses últimos anos.

A região de Secretário e Fagundes que já eram uma continuação de Itaipava, estão há algum tempo com as sua especulação imobiliária de veranistas bem saturada, e geograficamente a região de Sebollas é a próxima a ser ocupada. Daí essa ansiedade com o progresso que viria com o asfalto.
Além novos turistas e veranistas, seriam gerados com este crescimento vagas de pedreiro, servente, carpinteiro, pintor, jardineiro, caseiro, doméstica, eletricista entre outros, além do aquecimento e expansão do comércio, gerando assim mais renda e oportunidades para todos.

Em pelo menos três visitas à Paraíba do Sul o governador Sérgio Cabral afirmou que liberaria a verba para realizar a obra. Por que não fazer então? Algumas pessoas chegam a dizer que a obra só não saiu do papel por que o próprio idealizador do projeto, o ex-prefeito Rogério Onofre não encontrou um pai ideal para a sua idéia ou então o prefeito atual deseja realizá-la na hora certa. Enquanto isso, muito já foi gasto com base, terraplanagem e saibro, mais esse dinheiro gasto a água já levou.

Talvez eles não saibam, mais quando esta obra for concluída o nome do responsável será imortalizado pelo nosso povo por esta e muitas outras gerações. O reconhecimento também virá espontaneamente da forma mais aguardada por eles que é nas urnas. Nosso povo sempre retribui os grandes homens públicos que aqui deixam a sua marca proveitosa. Foi assim com Ninico Coelho, Geraldo do Chapéu, Nélson Aguiar, Ronaldo Santos, Rogério Onofre e muitos outros.

O ano de 2011 tem apresentado um pequeno crescimento imobiliário em Sebollas. Mais ainda é um grão de areia perto do que estar por vir. 2012 tem eleição e nosso povo está aguardando.
Esperamos humildemente que nosso maior desejo seja realizado o quanto antes para que começamos logo a escrever essa nova pagina da história, pois a atual está cheia, encardida e toda manchada.

Por Maninho Magdalena.

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